tag:blogger.com,1999:blog-66921638572814137382024-03-13T20:13:54.988-07:00LABORATÓRIO DA EDUCAÇÃOComo diria o mestre Paulo Freire "A educação é uma forma de intervenção no mundo". Portanto, a porta está enconstada, empurre, entre, sente e fique a vontade. A casa é nossa.
"A sabedoria é um trunfo, a palavra uma arma e o conhecimento uma busca." (Maria da Conceição Freitas)Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-39956254691073676942008-11-19T08:20:00.001-08:002008-11-19T08:22:48.937-08:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SSQ87oQCw-I/AAAAAAAAACg/wfeZX9DgLtk/s1600-h/NO+COLO+DA+BISA.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SSQ87oQCw-I/AAAAAAAAACg/wfeZX9DgLtk/s320/NO+COLO+DA+BISA.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5270404459044979682" /></a><br />Essa história foi escrita por uma querida amiga a Maria Elisabete ou quem sabe Bete ou apenas Bebeth, uma figuraça cheia de proza pra contar e paisagens a descerver e a audio-descrever. Foi numa singular tarde de sexta-feira no acarajé da Keka,regado a ceveja trincada no gelo e à mais nobre iguária da nossa culinária, o acarajé, que trocamos conversa e histórias nossas. Daí, essa moça que escreve sem usar virgulas e é viciada em lápis preto faber castell nº 2, me presenteou com um mimo textual casando muita realidade e alguma ficção revivendo minha querida vó Gusta, uma velhinha que tudo germinou e depois de 100 anos se foi e nos deixou a saudade e seus causos lá da roça de Maragogipe e das vielinhas de Najé.<br /><br />A vó Gusta de Conchita<br />Puuuutas das cavalariiiasssss. Por que vó Gusta falava isso de quando em vez? Eu não sei. Talvez a pessoa que me contou isso saiba. O nome dela é Conchita. Uma amiga minha muito gente boa. Fina bonita e agradabilíssima. (é isso mesmo...deixe minha hipérbole aí. É sincera!). Sim mas o post não é para Conchita é para vó Gusta de Conchita. Bem ... vó Gusta antes de morrer - aos 100 anos e 10 meses e meio - era muito pequeninha. Muito mesmo. Para você ter uma idéia um dia– disse Conchita - fomos comprar os óculos que o doutor havia prescrito e só conseguimos achá-los na seção de crianças. Verdade! Miudinha com um cabelão grandão finão brancão. Os passos eram lentos como se bem pensados antes de serem dados. Usava robe com bolsos. Ah esses bolsos! Tinha de tudo. Farelo de pão segurança dedal palito de dente colchetes fita métrica de costureira chaves palito de fósforo quebrado pra coçar o ouvido caroços de tangerina papeis de bombom bala. Bombom ... ela era louca por doces ... era um pouco pingunça das bebidas doces. Licor Martine Vinho e Coca-Cola. Muita Coca-Cola. Era doce ela traçava. Quando levávamos um doce pra ela ... ela partia no meio embrulhava novamente e dava para Tia. A vó Gusta era uma cabocla que gostava muito de rua. Mas não perdia um episódio do Sítio do Pica Pau Amarelo e sonhava com os quitutes de Tia Nastácia. Assistíamos TV juntas ... todas as sessões da tarde. A lembrança mais gostosa que tenho – disse Conchita – é a de ter sido acordada por ela todas as manhãs para tomar um copo de leite ninho desmanchado com água morna e amor na temperatura perfeita para os lábios da criança que eu era. Depois de beber ela dizia Dorme fia de vó. O contato com aquela velinha pequeninha e aquele leitinho delicioso amamentava meu sono e toda a minha infância. Voltava a dormir e acordava feliz. O dia começava bem e terminava bem. Tenho ainda fresco na memória a voz de vó Gusta dizendo láááá da cozinha: Socorro!!! Meu Santo Antônio!!! Se eu fosse vocês madurinhas assim eu queria lá saber de homem!! - Será que ela era bérbica, Conchita? (rsssss). Adorei conhecer a história da sua vó Gusta que enchia sua bolsa de tomate frutas cebolas etc todas as vezes que você voltava para a cidade grande e deixava ela com muitas saudades.Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-79811510007343356902008-11-19T07:50:00.000-08:002008-11-19T08:12:39.854-08:00A vó Gusta de Conchita<a href="http://3.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SSQ6p8R1NoI/AAAAAAAAACY/q15VfR10-G8/s1600-h/NO+COLO+DA+BISA.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SSQ6p8R1NoI/AAAAAAAAACY/q15VfR10-G8/s320/NO+COLO+DA+BISA.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5270401956160288386" /></a><br />Essa história foi escrita por uma querida amiga a Maria Elisabete ou quem sabe Bete ou apenas Bebeth, uma figuraça cheia de proza pra contar e paisagens a descerver e a audio-descrever. Foi numa singular tarde de sexta-feira no acarajé da Keka,regado a ceveja trincada no gelo e à mais nobre iguária da nossa culinária, o acarajé, que trocamos conversa e histórias nossas. Daí, essa moça que escreve sem usar virgulas e é viciada em lápis preto faber castell nº 2, me presenteou com um mimo textual casando muita realidade e alguma ficção revivendo minha querida vó Gusta, uma velhinha que tudo germinou e depois de 100 anos se foi e nos deixou a saudade e seus causos lá da roça de Maragogipe e das vielinhas de Najé.<br /><br />A vó Gusta de ConchitaMaria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-17558700470796417152008-11-04T03:24:00.000-08:002008-11-04T03:27:19.879-08:00Considerações sobre a Escola Inclusiva*Por Mário Aleluia<br /><br /> <br />Geralmente as críticas que ouço sobre a educação atual, falam da evasão como conseqüência da incompetência da escola em cativar o interesse do aluno. Essa incompetência estaria relacionada com o desalinhamento das práticas pedagógicas com as novas tecnologias, que são mais ágeis e sedutoras, e isso é verdade. Se a escola não se apropriar destas ferramentas ela não conseguirá preencher os interesses das crianças e jovens do terceiro milênio. Mas, não basta apenas encher a sala de aula com computadores e fazer o professor atuar com um mero técnico. <br /><br />Acho que um dos maiores desafios da escola, além da atualização, é conseguir aliar tecnologia e subjetividade para tornar a busca do conhecimento uma aventura interessante e humanizada. Dentro dessa visão, uma coisa a ser considerada é a humanização das relações interpessoais na sala de aula, é o realinhamento do conhecimento com os valores humanos, e aí não há como não se considerar os afetos, componentes essenciais do processo relacional. <br /><br />A ação do professor/a se constitui em estar em contato permanente com o outro, em lidar constantemente com as idiossincrasias dos vínculos. Ensino/aprendizagem implica numa relação onde entra medo, raiva, amor, alegria, tristeza, frustração, insegurança, desejo, tezão..., enfim, toda uma variada gama de emoções e sentimentos que normalmente não são considerados pedagogicamente. A transmissão/apreensão de conteúdos, o desenvolvimento de habilidades cognitivas, disciplina, controle do comportamento são o objetivo último da escola tradicional. O desenvolvimento intelectual ainda é mais valorizado que o emocional.<br /><br />Agora surge a demanda pela escola inclusiva – muito justa por sinal – no entanto, muito complexa por que, além de todos os problemas conhecidos, o professor/a vai ter de lidar com outra variedade de necessidades decorrentes das deficiências específicas. A inclusão escolar precisa ser justa também para com o profissional. Ao imaginarmos que o educando/a não deficiente, projeta no professor/a muitas carências afetivas, fazendo dele/a depósito de suas frustrações muitas vezes até com agressividade, podemos ter a dimensão do que é uma classe inclusiva e o nível de exigência que recai sobre seu regente – competência técnica, intelectual e emocional.<br /><br />Além de formação específica para lidar com as questões das deficiências, o professor/a tem de saber lidar com as demandas socio-afetivas dos educando/as e com as suas próprias, que nem sempre são lembradas. Às vezes nem os/as educadores/as têm consciência dos seus próprios sentimentos. Portanto, acho importante que na formação do educador/a seja incluído o autoconhecimento, como possibilidade de uma melhor capacitação emocional para lidar com as emergências afetivas naturais do processo ensino/aprendizagem. <br /><br /> <br /><br />*Educador Social, Arte-educador, Licenciado em Desenho e Plástica pela UFBA, especialista em Arteterapia pelo Instituto Junguiano da Bahia e Escola Baiana de Medicina.Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-763347366486569012008-10-23T10:58:00.001-07:002008-10-23T10:58:43.710-07:00CALENDÁRIO NEGROJANEIRO<br />01 - Dia Mundial da Paz<br />01 - Independência do Haiti /1804<br />02 - Fundação da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, em São Paulo, SP /1771<br />03 - Fundação da União dos Homens de Cor de Porto Alegre, RS / 1943<br />06 - Circula pela primeira vez o jornal O Clarim da Alvorada, organizado por José Correia Leite e Jayme de Aguiar/ 1924<br />06 - Nascimento de Juliano Moreira, médico psiquiatra considerado pai da psiquiatria brasileira, em Salvador, BA / 1873<br />08 - Fundado o Congresso Nacional Africano - CNA - África do Sul /1913<br />15 - Nasce Martin Luther King Jr. / 1929<br />15 - O governo baiano suprime a exigência de registro especial para templos de ritos afro-brasileiros<br />20 - Assassinado pela polícia portuguesa Amílcar Cabral, poeta revolucionário, lutador pela liberdade da Guiné e Cabo Verde <br />24 - Revolta dos Malês, na Bahia /1835 <br />26 - Nasce Ângela Davis, EUA<br />29 - Morre José do Patrocínio, o "Tigre da Abolição" , jornalista negro e ativista da causa abolicionista<br />31 - Nascimento, em 1582, de Nzinga, rainha de Angola de 1633 a 1663 <br />FEVEREIRO<br />01 - Nascimento, em Minas Gerais, da antropóloga e filósofa Lélia Gonzalez, intelectual e militante / 1935<br />02 - Dia de Iemanjá<br />06 - Nasce o cantor e compositor Bob Marley / 1945<br />07 - Nascimento de Clementina de Jesus da Silva, Valença/RJ /1902<br />09 - Nasce a escritora Alice Walker, na Geórgia, EUA / 1944<br />11 - Libertado Nelson Mandela, depois de 27 anos de prisão, na África do Sul /1990<br />12 - Nascimento de Arlindo Veiga dos Santos, acadêmico e primeiro Presidente da Frente Negra Brasileira (ver 16/9) / 1902<br />12 - Admitido o primeiro universitário negro na Universidade de Alabama - EUA /1956<br />13 - Assassinato de Patrice Lumumba - Congo /1961<br />14 - Morre a escritora Carolina Maria de Jesus, autora, dentre outros livros, de Quarto de Despejo<br />18 - Morre o poeta, compositor, ator e teatrólogo Solano Trindade / 1974<br />19 - W.E.B. Dubois organiza o Primeiro Congresso Pan-africano em Paris / 1919<br />19 - Carter G. Woodson cria, nos EUA, a "Negro History Week", atualmente o "Black History Month" (Mês da História Negra) / 1926<br />21 - Morre assassinado Malcom X / 1965<br />23 - Nasce William Edward Burghardt Dubois, doutor em Filosofia e pai do pan-africanismo contemporâneo<br />26 - As potências européias repartem o continente africano /1885<br />28 - Criação do Quilomb hoje Literatura / 1980<br />MARÇO<br />02 - Ocorre o primeiro carnaval de escolas de samba do Rio de Janeiro, RJ / 1935<br />04 - Morreu o poeta Lino Guedes, em São Paulo, SP / 1951<br />06 - Gana é o primeiro país da África Negra a tornar-se independente/1957<br />06 - Abolição da escravatura no Equador / 1854<br />07 - Grande Marcha pelos direitos civis, de Selma à Montgomery, liderada por Martin Luther King, Jr. / 1963<br />08 - Dia Internacional da Mulher<br />14 - Nasce Abdias do Nascimento, ex-senador, criador do teatro Experimental do Negro (ver 13/10) / 1914<br />14 - Morte do franciscano negro Santo Antonio de Categeró / 1549<br />21 - Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, em memória das vítimas do massacre de Shapeville, na África do Sul / 1960<br />21 - Zumbi dos Palmares é incluído na galeria dos heróis nacionais / 1997<br />21 - Independência da Etiópia / 1975<br />21 - Independência da Namíbia / 1990<br />22 - Abolição da escravatura em Porto Rico / 1873<br />25 - Nascimento de Aristides Barbosa, jornalista, educador e ex-militante da Frente Negra / 1920<br />30 - Os homens afro-americanos conquistam direito de voto nos EUA / 1870<br />ABRIL<br /><br />01 - Primeiro Festival Mundial de Arte Negra, Dakar, Senegal / 1966<br />01 - Criação do Partido dos Panteras Negras, EUA / 1967<br />04 - Assassinato de Martin Luther King Jr., Memphis, EUA /1968<br />04 - Criação do bloco afro Agbara Dudu, Rio de Janeiro, RJ / 1982<br />04 - Independência do Senegal / 1960<br />05 - Nasce o grande capoeirista Vicente Ferreira Pastinha, "Mestre Pastinha" / 1888<br />05 - Nasce o compositor Joaquim Maria dos Santos, Donga, autor de Pelo Telefone, primeiro samba gravado<br />07 - Dia da Mulher Moçambicana <br />12 - Nasce Esmeraldo Tarquínio, deputado estadual e prefeito de Santos / 1927<br />15 - Nasce o compositor do Hino à Bandeira, o negro Antônio Francisco Braga / 1868<br />19 - Independência de Serra Leoa / 1961<br />19 - Dia do Índio<br />23 - Nascimento de Pixinguinha, músico / 1898<br />25 - O Bloco Afro Olodum é criado em Salvador, BA /1979<br />26 - Nasce Benedita da Silva, primeira mulher negra a ocupar o cargo de governadora / 1942<br />26 - Iniciam-se as primeiras eleições multirraciais na África do Sul / 1994<br />27 - Independência do Togo<br />MAIO<br />01 - Dia Mundial do Trabalhador<br />03 - Nascimento do geógrafo Milton Santos, que revolucionou a Geografia, dando-lhe um enfoque humanista<br />13 - Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo<br />13 - Nascimento do escritor pré-modernista Lima Barreto / 1881<br />13 - Dia dos Pretos Velhos<br />13 - Abolição da escravatura no Brasil / 1888 <br />18 - Criação do Conselho Nacional de Mulheres Negras, no Rio de Janeiro / 1950<br />23 - Nascimento do poeta Carlos de Assumpção, autor do célebre poema Protesto<br />25 - Criação da Organização da Unidade Africana - OUA / 1963<br />25 - Dia da Libertação da África, promovido pela ONU / 1972<br />JUNHO<br />05 - Dia de Solidariedade ao Povo Moçambicano<br />06 - Morre o jamaicano Marcus Garvey, mentor do Pan-africanismo / 1940<br />21 - Nascimento de Luís Gama - jornalista, poeta e um dos gigantes da causa abolicionista / 1830<br />21 - Nascimento de Machado de Assis / 1839<br />24 - Nascimento de João Cândido, o "Almirante Negro", líder da Revolta da Chibata<br />25 - Independência de Moçambique, África / 1975<br />26 - Independência da Somália / 1960<br />30 - Independência do Zaire, África/ 1960<br />JULHO<br />01 - Independência de Ruanda, África / 1960<br />01 - Independência de Burundi, África / 1962<br />02 - Nascimento de Franz Fanon, médico psiquiatra e revolucionário / 1921<br />02 - Nascimento de Patrice Lumumba / 1925<br />03 - Aprovada a Lei Afonso Arinos, colocando a discriminação racial como contravenção penal / 1951<br />03 - Independência da Argélia, África / 1962<br />05 - Independência de Cabo Verde / 1975<br />07 - Leitura, em frente ao Teatro Municipal, de carta aberta à nação contra o racismo, inaugurando o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (depois MNU) / 1978<br />08 - Fundação do Instituto de Pesquisas da Cultura Negra (IPCN), Rio de Janeiro / 1975<br />12 - Independência de São Tomé e Príncipe / 1975<br />15 - Ocorre a primeira Conferência sobre a Mulher Negra nas Américas, Equador / 1984<br />17 - O ator Grande Otelo recebe o título de Cidadão Paulistano / 1978<br />18 - Nascimento do líder sul-africano Nelson Mandela / 1918<br />24 - Nascimento do poeta Solano Trindade, em Pernambuco / 1908<br />25 - Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha <br />26 - Independência da Libéria, África/ 1846<br />AGOSTO<br />01 - Independência do Benin, África/ 1975<br />03 - Independência do Níger, África / 1960<br />07 - Independência da Jamaica / 1962<br />07 - Independência da Costa do Marfim / 1960<br />08 - Em Lagos (atual Nigéria) é registrado o primeiro ato de escravidão, por Portugal / 1444<br />10 - Morre o padre Batista, um dos fundadores do Instituto do Negro e dos Agentes de Pastoral Negros / 1991<br />12 - É publicado o manifesto dos conjurados baianos da Revolta dos Alfaiates, protestando contra os impostos, a escravidão dos negros e exigindo independência e liberdade / 1798<br />14 - Morre a Ialorixá Mãe Menininha do Gantois / 1986<br />15 - Independência do Congo, África / 1960<br />17 - Nascimento do pan-africanista Marcus Garvey / 1887<br />19 - Independência do Gabão / 1960<br />23 - Nascimento de José Correia Leite, fundador do jornal O Clarim da Alvorada / 1900<br />24 - Primeiro Congresso de Cultura Negra das Américas, na Colômbia / 1977<br />24 - Morte do abolicionista Luís Gama / 1882<br />28 - Primeira Marcha de Negros sobre Washington, em favor dos direitos civis, EUA / 1963<br />29 - Nascimento de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, escultor, entalhador e arquiteto<br /><br />SETEMBRO<br />04 - Promulgação da lei Euzébio de Queiroz, extinguindo o tráfico de escravos no Brasil / 1850<br />07 - Criação do Grupo União e Consciência Negra do Brasil / 1981<br />10 - Morte do líder angolano Agostinho Neto / 1979<br />11 - Independência do Senegal, África / 1960<br />14 - É fundado o jornal O Homem de Cor, o primeiro da imprensa negra brasileira / 1833<br />16 - Fundação da Frente Negra Brasileira, maior entidade da primeira metade do século, primeiro partido político de afro-descendentes/ 1931<br />18 - Circula o primeiro número do jornal A Voz da Raça, jornal da Frente Negra / 1933<br />18 - Decreto do Presidente Getúlio Vargas diz que o Brasil precisa desenvolver, em relação à imigração, "as características mais convenientes de sua ascendência européia" <br />21 - Independência do Mali / 1960<br />22 - Libertação jurídica dos escravos nos EUA / 1862<br />22 - Independência do Mali, África / 1960<br />24 - Independência da Guiné-Bissau, África / 1973<br />27 - Dia dos Idosos<br />28 - Aprovada a Lei do Ventre Livre / 1871<br />28 - Assinada a Lei do Sexagenário / 1885<br />OUTUBRO<br />01 - Independência da Nigéria, África / 1960<br />01 - Fundação, na PUC, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - NEAFRO<br />02 - Independência da Guiné, África / 1958<br />07 - Dia de Nossa Senhora do Rosário, patrona dos negros<br />09 - Nascimento, em São Paulo, do poeta, ensaísta e crítico Mário de Andrade, de ascendência afro nem sempre lembrada / 1893<br />10 - Morre Francisco Lucrécio, Secretário da Frente Negra Brasileira, em São Paulo / 2001<br />11 - Nascimento do compositor e cantor Agenor de Oliveira, o Cartola / 1908 <br />12 - Começa a devoção a Nossa Senhora Aparecida, quilombola negra, padroeira do Brasil, a partir de 1717<br />13 - É fundado o Teatro Experimental do Negro no Rio de Janeiro / 1944<br />14 - Martin Luther King Jr. recebe o Prêmio Nobel da Paz / 1964<br />16 - O arcebispo Desmond Tutu recebe o Prêmio Nobel da Paz / 1984<br />16 - Wole Soyinka torna-se o primeiro africano a receber o Prêmio Nobel de Literatura / 1986<br />24 - Nascimento de Esmeralda Ribeiro, poeta e uma das coordenadoras do Quilombhoje / 1958<br />24 - Nascimento do poeta e jornalista Oswaldo de Camargo, co -fundador do Quilombhoje / 1936<br />26 - Dia Nacional da Juventude<br />31 - Nascimento de Luiz Silva - Cuti, poeta, dramaturgo e co-fundador do Quilombhoje / 1951<br />NOVEMBRO<br />01 - É criado o Bloco Afro Ilê Ayiê, Salvador, BA/ 1974<br />01 - Morte do escritor Lima Barreto / 1922<br />04 - O MNU declara o 20 de novembro Dia Nacional da Consciência Negra / 1978<br />10 - O governo Médici proíbe em toda a imprensa notícias sobre índios, esquadrão da morte, guerrilha, movimento negro e discriminação racial / 1969<br />11 - Independência de Angola / 1975 <br />11 - Independência do Zimbabwe /1980<br />19 - Nascimento de Paulo Lauro - primeiro prefeito negro de São Paulo, SP / 1907<br />19 - Publicação de despacho de Rui Barbosa ordenando a queima de livros e documentos referentes à escravidão negra no Brasil<br />19 - Lançamento do primeiro volume de Cadernos Negros /1978<br />20 - Morte de Zumbi, líder do quilombo dos Palmares /1695<br />20 - Dia Nacional da Consciência Negra<br />20 - O grupo gaúcho Palmares declara o 20 como Dia do Negro / 1975<br />24 - Nascimento, em Santa Catarina, de Cruz e Souza, o maior poeta simbolista brasileiro / 1861<br />DEZEMBRO<br />02 - Dia Nacional do Samba<br />02 - Nascimento de mestre Didi, em Salvador, BA<br />02 - Nascimento de Francisco de Paula Brito, primeiro editor brasileiro, em Magé, RJ / 1809<br />05 - A Constituição proíbe negros e leprosos de frequentar escolas no Brasil / 1824<br />08 - Dia de Oxum<br />10 - Comemoração da Declaração Universal dos Direitos Humanos<br />12 - Independência do Quênia / 1963<br />20 - A lei 7437 condena o tratamento discriminatório no mercado de trabalho, por motivo de raça ou de cor<br />29 - Nascimento, no Senegal, do Cheik Anta Diop, autor de um trabalho de revisão da história africanaMaria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-44854485917779546812008-10-23T10:52:00.000-07:002008-10-23T10:53:34.092-07:00(Ria e Ola! Nasceu alem de brotar/Maria e Paola!)*Por Ru Aiso<br /><br /><br />Deixei brotar... como duas flores/rosas...<br />Uma é Maria e a segunda é Paola.<br />Conceição pedia... e Vannucci sorria, pois o engraçado: era o limão do<br />Amaral, mesmo frustrado na história deixou uma digital.<br /><br />Deixei brotar... como duas rosas/flores...<br />E me encantei com Conceição com seus conceitos potentes como de uma<br />mulher repleta de decisões, onde seus amores deixaram de entender,<br />que ela é uma senhora jovem, uma Nzinga forte e de pura imaginação.<br /><br />Deixei brotar... como duas rosas/flores...<br />E me cativei com Vannucci com suas opiniões robustas como de uma<br />Senhora gaja repleta de coragem, onde seus amores deixaram de entender,<br />que ela é uma senhora jovem, uma Nzinga forte, que mantém as puras inspirações .<br /><br />Deixei brotar... como um encontro de duas flores/rosas<br />E nelas por dentro ferem em saudade, quando ao distante<br />precisa permanecer.<br />E sentem, que um laço bem feito nunca se desfaz e enlaça em paz.<br />Deixei brotar... como um encontro de duas rosas/flores<br />Elas se fitam tão fraternas e mesmo ao longe sentem e Diz:<br /><br />Sei que é amizade<br />Sei que era colorida(alegre)<br />Sabia que crescia<br />Sabia que fluía...<br />Sei que lembrava o arco-íris, mas não<br />entendia.<br /><br />Deixei brotar... como um encontro de duas flores /rosas<br />Hoje sei que cada uma segue seu horizonte, mas nunca levará uma amizade vazia, afinal Maria e Paola “são” o passado e o presente de Vannucci e de Conceição onde quer que seus destinos às levem seus corações manterão firmes e fortes como uma águia sempre bela, que sobrevive do sul ao norte por simples existir. E assim uma águia há entre vocês: ela é livre e forte como vocês.<br /><br /><br />13 de setembro de 2007 20:15Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-76351311204637650212008-10-23T10:45:00.000-07:002008-10-23T10:47:04.394-07:00CULTURA E RESISTÊNCIA POPULAR - O QUE É QUE O SAMBA TEM?Por Maria da Conceição Freitas – Educadora licenciada em História<br /><br /><br /> A trajetória histórica da cultura brasileira se debruça na influencia das etnias que aqui se fixaram a partir do processo de colonização. Dentre essas influencias destacamos aqui o povo negro, que arrancados do seu mundo, trouxeram seus símbolos e significados, como é o caso das rodas de Semba e da Umbigada. Esses elementos sofreram uma reelaboração conceitual e originaram inúmeras manifestações culturais tipicamente brasileiras, não só como forma de entretenimento, mas também de resistência e afirmação das massas e passaram a representar os anseios do povo, por liberdade e manutenção das nossas tradições.<br />Precisamos difundir sobre a importância do SAMBA, como um dos eixos da nossa cultura, sendo extremamente significativo para reconhecermos nossa identidade. Os especialistas garantem que o samba não saiu de moda e não há como derrubá-lo, afinal “Quem não gosta de samba bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”.<br />O samba tem a capacidade de abraçar a todos e todas, seja ele, Duro; Chula; de Roda; Choro, em Bossa Nova (o chamado Samba Bip bop). O importante é sambar, entendendo que ele é sinônimo de paz, de construção de saberes e valores. As experiências adquiridas e trocadas nas rodas de samba fizeram surgir os movimentos dos sambas juninos, nascidos nos terreiros de candomblé e em bairros da periferia de Salvador, buscando revitalizar o elemento cultural e reacender a capacidade de resistência popular, principalmente dos que vivem à margem da sociedade. Portanto é necessário que vejamos essa manifestação como um ícone da nossa história, não é à toa que o Ministério da Cultura anunciou a indicação do SAMBA, junto a UNESCO, para ser tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade.<br />É isso aí. E que venha o SAMBA!Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-83809921992542741132008-10-23T10:39:00.001-07:002008-10-23T10:39:56.366-07:00Construção da identidade étnica através de contos e mitos de matriz africanaPor Maria Luísa Passos* <br /><br /><br />No decorrer da humanidade, as obras da literatura universal veiculadas e narradas por Andersen, Charles Perrault, Irmãos Grimm, La Fontaine, entre outros, apenas nos trouxe referências identitárias a partir de um segmento étnico, os europeus. Diante desse fato não estou querendo preconizar a desvalorização ou desmerecimento dessas obras ou da cultura desses povos. O que se pretende ao utilizar os contos e mito de matriz africana é promover uma reparação no que diz respeito aos marcos civilizatórios africanos e seus bens materiais e imateriais que foram e são tão importantes quanto a dos demais povos que contribuíram para a formação da nação brasileira. <br /><br />É fato inconteste que a população negra é maioria no Brasil. “De acordo com a pesquisa, feita com base nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil terá a maioria de sua população negra, ou seja, mais da metade dos brasileiros, em 2010. A pesquisa considera negros os brasileiros que se declaram pretos (termo utilizado pelo IBGE) e pardos”. (LORENA RODRIGUES). (Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u401394.shtml>). <br /><br /> Apesar deste fato, a maioria das obras literárias sobre literatura infantil e infanto - juvenil veiculada nos sistemas de ensino contemplam apenas valores eurocêntricos (valores referenciados a partir da cultura ocidental). Sendo assim, a criança afro-brasileira não tem acesso a uma literatura que exponha os valores e a história dos seus ancestrais. Por isso concordo com Francisca Sousa quando em seu artigo “Linguagens Escolares e Reprodução do Preconceito”, faz o seguinte relato: “observamos, ainda, que quando os textos, livros ou histórias se referem à pobreza, violência e outras mazelas sociais, geralmente, os negros aparecem nos personagens, nas ilustrações e no conteúdo do texto, não raro como protagonistas. Isto vale também para os programas de TV, jornais e revistas. Já nos livros de contos de fada, com príncipes, princesas e heróis, a presença negra é praticamente inexistente, predominando aí os personagens brancos, não raros loiros”.(SOUSA, 2005, p.110). Essas referências acabam não contribuindo para a auto-estima das crianças negras. Contudo, para que de fato a reparação com relação às mazelas que a escravidão ocasionou aos povos africanos e seus descendentes possam também ser intensificada no âmbito da literatura, recomenda-se a utilização de um estilo literário que promova com muita eficiência as relações entre o eu e o outro. <br /><br />De acordo com a pesquisadora Marly Amarilha (2004 p.19).<br /><br />Essa estrutura, portanto, atinge o receptor do ponto de vista emotivo e cognitivo. Nesse processo, o receptor da história envolve-se em eventos diferentes daqueles que está vivendo na vida real e, através desse envolvimento intelectual, emocional e imaginativo, experimenta fatos, sentimentos, realizações de prazer, frustrações podendo assim, lembrar, antecipar e conhecer algumas das inúmeras possibilidades do destino humano. Pelo processo de viver temporariamente os conflitos, angústias e alegrias dos personagens da história, o receptor multiplica as suas próprias alternativas de experiências do mundo, sem que com isso corra algum risco. <br /><br />Dessa forma a utilização de contos e mitos africanos é de grande importância tendo em vista que os leitores poderão identificar-se com as narrativas que trarão aspectos que condizem com a sua realidade e com personagens que vivem problemáticas semelhantes as suas, podendo assim reelaborar e refletir sobre o seu papel social a partir de uma identidade étnico-racial. A utilização desse modelo textual também irá romper com os estereótipos da literatura dominante que impunham um discurso discriminatório onde as crianças negras eram maciçamente obrigadas a se reconhecerem como: "feia, preta, fedorenta, cabelo duro", iniciando o processo de desvalorização de seus fenótipos individuais, que interferem na construção da sua identidade de criança.<br /><br />Nesse sentido a educadora e pesquisadora baiana Ana Célia da Silva, (2004, p.57) afirma que:<br /><br />Ao veicular estereótipos que expandem uma representação negativa do negro e uma representação positiva do branco, o livro didático está expandindo a ideologia do branqueamento, que se alimenta das ideologias, das teorias e estereótipos de inferioridade/superioridade raciais, que se conjugam com a não legitimação do Estado, dos processos civilizatórios indígena e africano, entre outros, constituintes da identidade cultural da nação.<br /><br />Atentando à observação apresentada acima, diríamos também que a utilização de contos e mitos de matriz africana é um material didático que possibilitará aos educandos negros uma interação com conteúdos que vão despertá-los para uma revisão com relação aos conceitos e preconceitos a cerca do continente africano, compreendendo a importância do mesmo para a humanidade. Esse aprendizado, certamente elevará a sua auto-estima, pois a partir dos conteúdos históricos dos contos os aprendizes vão saber que são oriundos de uma civilização que contribuiu muito para os estudos relacionados à medicina, astronomia, arquitetura, matemática, literatura, entre outros. <br /><br />Os contos por serem uma obra literária de caráter simbólico e significativo possibilitam uma comunicação dinâmica com as simbologias imaginárias, atuando como desbravadores da conquista de uma auto-estima pautada pela visibilização positiva com relação à cultura dos povos de matriz africana, tendo em vista que, na maioria das vezes, as obras infanto - juvenis literárias veiculadas eram carregadas de textos discriminatórios onde os personagens negros exerciam papéis de subserviência, escravizados, ocupando cargos e funções de menos prestígio no contexto social. As imagens ilustrativas caricaturadas, associando a figura dos povos africanos a animais reforçavam os estereótipos de que em África existe apenas uma referência civilizatória habitada apenas por animais selvagens. E o que fazer acerca dos prejuízos causados historicamente pela negação das heranças culturais afro-brasileiras?<br /><br /> Diante dessas reflexões segue umas das obras literárias analisadas A mesma poderá ser encontarda no livro Ilê Ifé O Sonho do Iaô Afonjá (Mitos Afro-brasileiros) de Carlos Petrovich e Vanda Machado, publicado pela EDUFBA, no ano de 2000. <br /><br />CONTO - I<br /><br />OXUM NA ORGANIZAÇÃO DO MUNDO<br />Era uma vez, no princípio do mundo, Olodumaré mandou todos os orixás para organizarem a terra. Os homens faziam reuniões e mais reuniões. Somente os homens, as mulheres não foram convidadas. Aliás, as mulheres foram proibidas de participar da organização do mundo. Deste modo nos dias e horas marcadas, os homens deixavam em casa as suas mulheres e saiam para tomar as providências indicadas por Olodumaré. <br />As mulheres não gostaram de ficar de lado. Contrariadas foram conversar com Oxum. Oxum era conhecida como a “Iyalodê”. “Iyalodê” é um título que se dava à pessoa mais importante entre as mulheres do lugar. <br />Na verdade parece que os homens tinham esquecido do poder de Oxum para a água doce. E sem a água doce, com certeza, a vida na terra seria impossível.<br />Oxum estava aborrecida com a desconsideração dos homens. Afinal ela não poderia de forma alguma ficar longe das deliberações para o crescimento das coisas da terra. Ela sabia de tudo que estava acontecendo. Era preciso compreender que todos são importantes para construção do mundo.<br />Procurada por suas companheiras, conversaram durante muito tempo e por fim a “Iyalodê” comunicou: _De hoje em diante, vamos mostrar os nossos protestos para os homens. Vamos chamar atenção porque somos todos responsáveis pela construção do mundo. Enquanto não formos consideradas, vamos parar o mundo!<br />- Parar o mundo? O que significa isto? Perguntaram as mulheres curiosas.<br />- De hoje em diante, falou Oxum, até que os homens venham conversar conosco, estamos todas impedidas de parir. Também as árvores não vão mais dar frutos e as plantas não vão mais florescer, nem crescer. Isto foi dito e isto aconteceu.<br />Aquela foi uma reunião muito forte. A decisão foi acatada por todas as mulheres. E os resultados foram imediatos. Os planos que os homens faziam começaram a se perder sem nenhum efeito.<br />Desesperados, os homens se dirigiam a Olodumaré e explicaram como as coisas iam mal sobre a terra. As decisões tomadas nas assembléias não davam certo de forma nenhuma.<br />Olodumaré ficou surpreso com as más notícias.<br />Depois de meditar por alguns instantes perguntou:<br />- Vocês estão fazendo tudo como eu mandei?<br />Oxum está participando destas reuniões? Os homens responderam: _Veja senhor, estamos fazendo tudo “direitinho” como o senhor mandou. Agora, este negócio de mulher participando das nossas reuniões… isto aí, a gente não fez assim não. Coisa de homem tem que ser separado de coisa de mulher.<br />Olodumaré falou forte:<br />- Não é possível. Oxum é a orixá da fecundidade. É quem faz desenvolver tudo que é criado. Sem Oxum o que é criado não tem como progredir. Por exemplo, vocês já viram alguma coisa plantada crescer sem água doce? <br />Os homens voltaram correndo para a terra e cuidaram logo de corrigir aquela grande falha. Quando chegaram à casa de Oxum, ela já esperava na porta, fazendo jeito de quem não sabia o que estava acontecendo. Aí os homens foram chegando e dizendo:<br />- Agô Nilê! (com licença).<br />- Omo Nilé ni ka agô (filho da casa não pede licença).<br />Desse jeito ela os convidou a entrar em sua casa. Conversaram muito para convencer a Oxum. Eles pediram que ela participasse imediatamente dos seus trabalhos de organização da terra. Depois que ela se fez bem de rogada, aceitou o convite.<br />Não tardou e tudo mudou como por encanto.<br />Oxum derramou-se em água pelo mundo. A terra molhada reviveu. As mulheres voltaram a parir. Tudo floresceu e os planos dos homens conseguiram felizes resultados. Daí por diante, cada vez que terminavam uma assembléia, homens e mulheres cantavam e dançavam com muita alegria, comemorando o reencontro e suas possíveis realizações:<br />“ Araketo ê Faraimará”<br /><br /> <br /><br />O conto Oxum na organização do mundo mostra outra perspectiva com relação ao lugar que a mulher ocupa na sociedade, ele desmonta a ideologia da mulher submissa às deliberações masculinas e traz à tona uma reflexão que nos remete à ancestralidade tendo em vista que as mulheres negras sempre foram guerreiras a exemplo de Rainha Nzinga de Angola, embaixatriz em Luanda, durante o reinado do seu irmão e travou luta sem quartel durante trinta anos contra os portugueses, pela independência/sobrevivência do seu povo. ; Dandara uma das guerreiras do quilombo de Palmares, primeira república democrática do Brasil,mantendo a resistência de um quilombo que sobreviveu por mais de 100 anos; Luiza Mahin mãe do poeta abolicionista Luiz Gama e possivelmente uma das articuladoras da Revolta dos Malês, movimento de 1835 que é assim conhecido,por serem chamados de Malê os negros muçulmanos que a organizaram. A expressão malê vem de imalê, que na língua iorubá significa muçulmano. Portanto os malês eram especificamente os africanos que professavam o islamismo, a religião de Maomé. (Cf ILÊ AIYÊ, 2002, p.12.). <br /><br />Ao olhar o entorno das comunidades onde as crianças negras residem e estudam, geralmente são comunidades populares, localizadas em bairros periféricos. É possível observar que na maioria das vezes as mulheres são as chefas de família. São elas que sempre vão às reuniões da escola, acompanham os filhos nas festinhas da escola e dos amigos e ao mesmo tempo criam estratégias de sobrevivência, quando não compõem o mercado de trabalho formal, atuando como quituteiras, lavadeiras, comerciantes, empresárias, assim como, Dinha do Acarajé (in Memória), Alaíde do Feijão entre outras. Contudo, dentre as estratégias de luta pela sobrevivência de combate ao sistema escravista e as desigualdades, a literatura também vem sendo um veículo propagador da resistência como explica a pesquisadora Florentina Souza em seu ensaio publicado na revista Palmares:<br /><br /><br />Os afro-brasileiros já vinham de há muito instalando um desconforto na produção textual brasileira através da produção de textos jornalísticos e literários que debruçavam-se sobre suas histórias e a cultura, dialogando com uma tradição político-reivindicatória(...)Assim os escritores e escritoras de origem afro-brasileira vão falando de si, de suas famílias, da história de seu grupo e rasuram a pretensa universalidade/ocidentalidade da arte literária.(2005, p.72) <br /><br />Essa arte literária citada pela pesquisadora acima sempre esteve presente nas cantigas de rodas, nos cânticos dos orixás, na musicalidade, nas festas populares, nos versos, prosas e prosas de escritores/as como Luiz Gama, Cruz e Souza, Carolina de Jesus, Solano Trindade e atualmente na firmeza e dignidade dos poetas dos Cadernos Negros do grupo Quilombhoje.<br /><br /><br /><br />* Educadora do Ceafro e graduada em Pedagogia (BA).Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-48430060511786025652008-10-22T19:15:00.000-07:002008-10-22T19:16:24.195-07:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SP_eamOFIsI/AAAAAAAAAB8/9HRQviGpIxU/s1600-h/cartoon2.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SP_eamOFIsI/AAAAAAAAAB8/9HRQviGpIxU/s320/cartoon2.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260167438309597890" /></a>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-90821636439851480182008-10-22T19:12:00.001-07:002008-10-22T19:12:48.042-07:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SP_dkqV1pNI/AAAAAAAAAB0/HSDVKzp-I68/s1600-h/cartoon5.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 304px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SP_dkqV1pNI/AAAAAAAAAB0/HSDVKzp-I68/s320/cartoon5.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260166511702942930" /></a>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-41513552116546496602008-10-18T08:08:00.000-07:002008-10-22T19:09:30.714-07:00PRECONCEITO NAS IMGENS<a href="http://3.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SP_cuIdhCNI/AAAAAAAAABs/Utl6n0Dny1c/s1600-h/aboli%C3%A7%C3%A3o.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 215px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SP_cuIdhCNI/AAAAAAAAABs/Utl6n0Dny1c/s320/aboli%C3%A7%C3%A3o.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5260165574895405266" /></a>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-20490521303728948802008-10-16T23:00:00.000-07:002008-10-16T23:01:08.876-07:00O PERIGO DOS RESÍDUOS<div align="justify">Por resíduos sólidos compreende-se toda a gama de produção de lixo de uma sociedade. É bem verdade que a produção desses resíduos conta com diferentes atores, além de guardar particularidades no processo de poluição, impactos ambientais e danos à saúde. No Brasil, existe uma legislação que estabelece padrões de armazenamento e destinação final do lixo, para a prevenção de danos aos recursos naturais, ao meio ambiente e a vida, estabelecendo inclusive punição aos infratores. Mas infelizmente o cumprimento dessa legislação ainda não contempla as expectativas.<br />Sabemos que o lixo é um dos grandes problemas que a humanidade enfrenta. Atualmente essa discussão tem sido levantada com mais freqüência, levando a sociedade civil, educadores, sindicatos, órgãos governamentais, instituições e ONG’s ambientais a uma reflexão a cerca dos impactos e das alternativas a curto, médio e longo prazo para minimizar esse caos. É imprescindível que haja manutenção de políticas públicas que garantam a qualidade do meio ambiente e de vida da sociedade, pois geradores diretos ou indiretos, somos passivos diante das conseqüências oriundas do descaso com a questão dos resíduos.<br />Dentre os vários tipos de resíduos gerados, temos os que apresentam um grau maior de dificuldade no manuseio, armazenamento e destinação final, por isso necessitam de maior atenção no seu trato. A exemplo podemos citar os resíduos de saúde, pneus, pilhas, baterias de celular, e lâmpadas fluorescentes. Alguns desses elementos não são contemplados na legislação ambiental dificultando ainda mais o direcionamento das responsabilidades ambientais.<br />O lixo hospitalar merece máxima atenção em todas as fases de seu manejo (condicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final), pois os riscos causados por ele são graves e imediatos, principalmente quando tratados inadequadamente, sendo nocivo aos seres vivos, promovendo contaminação do solo, da água e até do ar. Por conta do seu alto grau de periculosidade é que o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, estabelece a resolução que prevê normas para tratamento dos resíduos de saúde. Essas normas responsabilizam o gerador, desde a segurança dos agentes coletores até as formas de tratamento adequado desse resíduo. As pilhas e baterias podem provocar contaminação da água e do solo, caso contenham substancias tóxicas como cádmio, chumbo e mercúrio. Por conta desse perigo ocasional, O CONAMA, responsabiliza o fabricante pelo estabelecimento de uma comunicação direta com o consumidor via informações nas embalagens e pela destinação final do produto.<br />Outro resíduo que por ventura pode ser extremamente danoso é o pneumático, pois a destinação final inadequada pode gerar acumulo de água parada, o que contribuiria para a multiplicação de mosquitos transmissores. Em contrapartida esse material pode ser reciclado, possibilitando várias formas de reutilização, inclusive como componente no composto do asfalto, para pavimentação, artesanato e até calçados. Independente do seu potencial de reaproveitamento esse resíduo tem como responsável por sua coleta e destinação final ambientalmente adequada o próprio fabricante, e ou, importador do produto. Essa resolução está prevista no CONAMA. Mas infelizmente a legislação não contempla a todos e as lâmpadas fluorescentes, cujo consumo é incentivado para a redução no consumo de energia, não possui definição legal sobre a sua coleta e destinação final, o que significa que após seu vencimento esse produto é depositado em lixões. A contaminação através desse material atinge o ar e o solo com mercúrio, elemento químico contido nas lâmpadas.<br />Portanto, a discussão sobre os resíduos sólidos cabe em amplo debate com a sociedade civil, entidades representativas do movimento popular, o poder público e demais setores, sendo necessário que se implemente políticas públicas sérias, cumprimento real das leis e aplicativo das punições previstas, bem como, um trabalho educativo e preventivo sobre os perigos decorrentes do manuseio incorreto e destinação final inadequada, causando impactos ao meio ambiente e a saúde, por que a vida tem pressa. <br /><br />Por Maria da Conceição FreitasEducadora – Licenciada em História</div>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-32600736782437892652008-10-16T22:51:00.000-07:002008-10-16T22:59:03.577-07:00O LIXO, A FAMÍLIA E O TRABALHO INFANTIL<div align="justify"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SPgoi9FOw5I/AAAAAAAAAAU/IgzawfCBoSc/s1600-h/arte+reciclada+007.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257997145932219282" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SPgoi9FOw5I/AAAAAAAAAAU/IgzawfCBoSc/s320/arte+reciclada+007.jpg" border="0" /></a> A precariedade nas condições de vida e sobrevivência das famílias brasileiras leva crianças e adolescentes a enfrentar uma batalha diária para complementação e manutenção da renda familiar. O reflexo imediato desse processo recai sobre o aumento da evasão escolar e aliado a isto cresce a exposição destas crianças aos perigos existentes nas ruas, o que contraria os direitos assegurados no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Geralmente elas atuam em atividades que apresentam risco a sua integridade física ou de caráter subalterno, enfrentando jornadas de trabalho de até 12 horas por dia.Dentre as atividades exercidas há que se destacar o trabalho nos lixões e a coleta nas ruas. Ainda nas ruas elas estão sujeitas as mais diversas contaminações através do manuseio dos resíduos. Esses resíduos são oriundos de segmentos diferenciados, embora todos sejam passiveis de contaminação, alguns apresentam maiores danos à saúde, a exemplo dos resíduos de saúde, provenientes de materiais utilizados em hospitais e que em tese deveriam ter destino adequado, bem como, pilhas e baterias de celular. Esta situação as submete a todo tipo de violência e a discriminação, principalmente devido ao tipo de atividade que desenvolvem.Outro ponto a destacar são as alterações que são processadas no convívio familiar. A estrutura familiar destas crianças normalmente é confusa, onde seus pais são, de uma forma absoluta, trabalhadores com grau de instrução baixo ou inexistente - trabalham como biscateiros e a falta de formação dificulta a sua inserção no mercado de trabalho. Daí o início de uma vida envolvida no lixo, por pura falta de alternativa e por necessidade de sobreviver. Em média essas famílias apresentam renda equivalente a um salário mínimo e esse é único exemplo que os menores têm. Infelizmente a maioria não apresenta perspectiva de vida muito diferente da de seus pais, quando o desdobramento desta situação não os leva a uma situação de marginalidade e muitos são atraídos definitivamente para o crime. Torna-se urgente à criação de políticas públicas sérias que disconstruam essa realidade assegurando aos "meninos e meninas do lixo" uma vida digna e condizente com o seu tempo.<br /><br /></div><span style="font-size:85%;">POR MARIA DA CONCEIÇÃO FREITAS</span><br /><span style="font-size:85%;">EDUCADORA - LICENCIADA EM HISTÓRIA</span>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-73544813416109145952008-10-16T22:26:00.000-07:002008-10-16T22:30:52.443-07:00<div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong> </div><strong><span style="font-size:130%;"><div align="justify">“Está em pauta na Câmara e no Senado o Projeto de Lei nº 3.198, de 2000, que define o Estatuto da Igualdade Racial. Os parlamentares federais, em especial, os negros, trabalham nas diversas comissões para aprovação desse projeto. Mas será que a sociedade tem acompanhado essa discussão? Afinal, do que se trata esse Estatuto? Como ele pretende combater e acabar com a discriminação racial que nos atinge no decorrer de toda a história do Brasil? (...) Conheça os principais pontos deste importante documento e fique por dentro do debate que pretende desenvolver políticas públicas a e ações afirmativas.”<br /><br /></div></span><span style="font-size:78%;"></span><div align="justify"><span style="font-size:78%;">FONTE: Revista RAÇA BRASIL. Ano 9. nº 88. Pg. 40</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong> </div><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">RESUMO DO ESTATUTO</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong> </div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Saúde</span></strong><br />O documento estabelece o acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde e introduz a obrigação do quesito raça/cor, de acordo com a autoclassificação, em documentos do setor, tais como os cartões de identificação do SUS, prontuários médicos, fichas de notificação de doenças. O objetivo é criar mecanismos para que o Ministério da Saúde identifique e produza estatísticas epidemiológicas por doenças geneticamente determinadas ou agravadas pelas condições de vida dos afro-brasileiros, entre elas a anemia falciforme<br /><strong><span style="font-size:130%;">Questão da terra<br /></span></strong>Assegura o direito a propriedade definitiva de terras ocupadas pelos remanescentes de comunidades quilombolas.<br /><strong><span style="font-size:130%;">Mercado de trabalho<br /></span></strong>Propõe a implementação de políticas públicas voltadas para a inclusão do negro no mercado de trabalho, estabelecendo a contratação preferencial de negros no setor público e estimulando empresas privadas a fazerem o mesmo. Indica a inclusão do quesito raça/cor nos documentos administrativos dos setores público e privado, tais como formulários de admissão e demissão no emprego e acidentes de trabalho.<br /><strong><span style="font-size:130%;">Sistema de cotas</span></strong><br />Estabelece a cota mínima de 20% para a população afro-brasileira no preenchimento das vagas relativas aos concursos públicos, cursos de graduação em todas as instituições do ensino superior no País, nos contratos do Fundo de Financiamento aos Estudantes de Ensino Superior (FIES) e nas empresas com mais de 20 empregados. <br /><strong><span style="font-size:130%;">Educação</span></strong><br />Reforça o dever dos governos federal, estadual e municipal de promover ensino gratuito à população afro-brasileira e a introdução da disciplina História Geral da África e do Negro no Brasil no currículo escolar. Indica aos órgãos federais, e estaduais que criem linhas de pesquisa, programas de estudo e extensões universitárias voltados para temas referentes às relações raciais. Obriga a inclusão do quesito raça/cor na coleta de dados do censo escolar pelo Ministério da Educação. <br /><strong><span style="font-size:130%;">Livre exercício dos cultos religiosos<br /></span></strong>Propõe o reconhecimento da liberdade de consciência e de crença dos afro-brasileiros e da dignidade dos cultos e religiões de matriz africana praticados no Brasil.<br /><strong><span style="font-size:130%;">Meios de comunicação<br /></span></strong>Propõe a valorização da herança cultural e a participação dos afro-brasileiros na História do país, estabelecendo que filmes e programas veiculados pelas emissoras de televisão e peças publicitárias deverão apresentar imagens de negros em proporção não inferior a 20% do total de atores e figurantes.<br /><strong><span style="font-size:130%;">Ouvidorias<br /></span></strong>Institui a criação de ouvidorias permanentes em defesa da igualdade racial no Congresso Nacional, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais com a finalidade de receber e investigar denuncias de preconceito.<br /><strong>Acesso à justiça</strong><br />Garante o acesso as vitimas de discriminação racial à Ouvidoria Permanente do Congresso Nacional. Indica a criação do Programa Especial de Acesso à Justiça para o negro.<br />Fundo de Promoção da igualdade racial<br />Criação de um fundo com recursos para a implementação das ações e políticas públicas.<br /> </div><div align="right"><span style="font-size:78%;">FONTE: Revista RAÇA BRASIL. Ano 9. nº 88. Pgs. 40 à 42.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;"></span> </div>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-54552014626055868322008-10-16T22:21:00.000-07:002008-10-16T22:23:46.967-07:00MACHADO DE ASSIS - A DENUNCIA PRETA OMITIDA<div align="justify"> Por Walter Passos.<br />Teólogo, Historiador, Pan-africanista e Presidente CNNC – Conselho Nacional de Negras e Negros Cristãos.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Machado de Assis foi o maior escritor realista brasileiro e fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo perseguido por diversos escritores da sua época e epitetado como o “Bruxo do Cosme Velho”, e ainda hoje continua sendo acusado de omisso nas questões relacionadas a causa preta, a escravidão, e a situação do escravizado. Infelizmente o autor do texto não conhece profundamente a literatura machadiana.<br />Os racistas e anti-Panafricanistas não aceitam um homem preto com a capacidade de Machado, intitulado como maior escritor brasileiro; e muitos críticos incorrem em erros de análise, imbuídos de preconceitos e desconhecimentos literários e históricos. Ler Iaiá Garcia, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e outros contos e livros os quais Machado de Assis descreve com brilhantismo as mazelas da escravidão e as critica veementemente. Acredito que assim o fazendo não exporia desconhecimento sobre a importância dos escritos machadianos sobre a escravidão e a abolição, como diz o poeta Limeira: “Hábil lição da escravatura”. Machado de Assis conseguiu em seus textos denunciar a farsa abolicionista com o seu olhar cético, só o fazendo porque era conhecedor das elites escravagistas e sabia que, entre outras conseqüências, o povo preto saiu da senzala e foi transportado para as favelas, sendo ele mesmo um antigo morador dela. Foi cumprido um projeto de empobrecimento da população ex-escravizada, sendo sua mão-de-obra, agora livre, substituída por imigrantes brancos, os quais se tornaram donos dos instrumentos de produção, num processo de embraquecimento no território brasileiro. Vale ressaltar que esse processo começou com a teoria Eugenista, inspirada no racista francês Joseph Arthur de Gobineau, amigo do Imperador D.Pedro II, o qual sugeriu a imigração de caucasianos da Europa, para "salvar" o país da degeneração imutável.Todavia, Machado retrata o escravizado como um olhar realista, sem retoques, o observa como um ser destituído de todo senso crítico pelos senhores, e especialmente no romance Iaiá Garcia, o personagem Raimundo é considerado uma criança com responsabilidades de adulto no que concerne ao seu trabalho de escravizado, e ao mesmo tempo um incompetente. Ainda hoje o afrodescendente é considerado pelas elites desse país um individuo incapaz de gerir o seu próprio destino. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas o escravizado Prudêncio é transformado em um objeto, um brinquedo, um cavalo, e após a abolição não sabe lidar como a liberdade.Em Pai contra a Mãe Machado retrata a escravatura em toda a sua realidade e crueldade, fala dos castigos: “Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha-de-flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dous para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado.” Relata as fugas individuais usadas como uma forma de resistência pelos nossos ancestrais, que não aceitaram a escravidão. Observa os castigos cruéis aplicados aos escravizados: “O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. “Há meio século, os escravos fugiam com freqüência”.Informa com sapiência a continuidade da escravidão pelo ventre materno, a sujeição da mulher escravizada que não pode usufruir seu filho, aquela que não gera uma criança, mas, sim uma mercadoria. Machado enfoca com maestria a dominação do homem pelo homem, no qual o escravismo cria relações monstruosas em um sistema político imoral e autoritário. Não esconde a opressão de suas vítimas e nem escamoteia em versos lindos e poéticos os sofrimentos dos escravizados. Cita o personagem Cândido Neves, caçador de escravizados fugitivos, retratando uma forma de resistência que foi a fuga individual. Denuncia o sistema escravocrata que cria homens insensíveis que vivem a caçar pessoas consideradas “bichos fujões”, por estarem fora das elites e precisam de dinheiro, esse é o caso de Cândido Neves, um capitão-do-mato, que endividado vai vender o próprio filho. Mas no caminho captura uma escravizada, e recebe uma boa recompensa, mantendo assim o seu filho. A escravizada estava grávida, e abortou com os castigos recebidos, ficando a vida do filho de Candinho em troca da morte de um ser preto, que no país escravista era considerado simples mercadoria. Este conto de machado de Assis foi um dos maiores alertas e protestos feitos contra a escravidão no Brasil e o bastaria e mais nada para considerá-lo um dos maiores abolicionistas brasileiros.Foram criados adjetivos e estigmas sobre Machado de Assis, infelizmente repetidos, até por membros pretos na luta contra a discriminação. Falar sem conhecer é preconceito e devemos ler as obras machadianas, sendo assim, através de projetos de leituras orientar os nossos estudantes no sentido de discutir a contribuição machadiana nas denúncias do escravismo no Brasil.Tornar-se-á necessário que acabemos com as visões racista inseridas nas nossas mentes de desprestigiar e negar aqueles poucos descendentes de africanos que no passado souberam usar a língua dos dominadores para denunciar a escravidão e suas mazelas.</div>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-12645710395110686632008-10-16T22:16:00.000-07:002008-10-16T22:19:35.683-07:00A MULHER NEGRA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO<div align="justify">Muita coisa aconteceu com o mundo até chegarmos aos dias atuais. Revoluções, guerras, avanços tecnológicos, mudanças políticas econômicas e socais. Mas, o que parece nunca mudar é a qualidade interior da humanidade como um todo, mudam-se apenas rótulos. Mudam-se ideologias, sistemas, mas o homem continua o mesmo, carregando a mesma mente, os mesmos medos e mesmos condicionamentos. De que adianta tanta tecnologia se não conseguimos viver em paz com nosso vizinho? Condicionamentos coloniais continuam rondando as casas dos homens modernos e eles nem mesmo se dão conta disso. Um destes condicionamentos revela-se na condição de desigualdade da mulher negra no Brasil dos dias atuais.Sabemos que a mulher teve um tratamento diferenciado no processo histórico. Seu papel, em diversas sociedades, era de submissão ao homem. Devia obedecer ao homem provedor da casa e, a mulher que não representasse seu papel para a sociedade era tida como escoria excluída, caçada. Às mulheres não era permitido o prazer sexual ou ter voz ativa na política e mais alguns outros luxos reservados ao mundo masculino. Mas a mulher negou o seu papel de fêmea submissa, lutou por direitos iguais e, com as mudanças promovidas pela contracultura, a negação aos valores ocidentais, ela consegue abrir uma brecha maior no mundo majoritariamente masculino. Desde então, luta por respeito e igualdade em uma sociedade notoriamente desigual. O feminismo pode ser caracterizado como [...] a ação política das mulheres. Engloba teoria, pratica e ética, transformando as mulheres em sujeitos históricos da transformação da sua própria condição social. [...] Este conceito propõe que as mulheres partam para mudar a si mesmas e ao mundo. O feminismo tem conseguido muitas conquistas em sua luta por direitos iguais, mas, no Brasil principalmente, existe um tipo de variável que precisa ser considerada, o caso das mulheres negras, que sofrem preconceito duplo, por serem mulheres e por serem negras (sexismo e racismo).É importante lembrar que as negras no Brasil tiveram um tratamento diferenciado das mulheres brancas. Se, às mulheres brancas foi negado o direito à voz ativa, às negras foi negado o direito a sexualidade, identidade, maternidade. Tirou-se muito da mulher africana que era trazida para ser escrava no Brasil.Tratadas como objeto, eram estupradas pelos senhores de engenho, serviam apenas para lhes dar prazer, enquanto que, a procriação era serviço da mulher branca. Eram obrigadas a amamentar os filhos dos seus senhores, cuidar deles e cuidar da casa grande. A mulher negra foi reservada lugar depreciativo do que a mulher branca e européia. Este é um dos condicionamentos que desde o Brasil colônia, ainda se arrasta na sociedade brasileira contemporânea.Enquanto vemos que as mulheres brancas conseguem maior inserção no mercado de trabalho, na política, tornam-se chefes de empresas, dominando lugares antes exclusivamente masculinos. A mulher negra continua ocupando os mesmos postos subalternos de outrora, sem necessariamente ter chance de melhorar sua condição social, como as brancas, em parte, por toda essa herança de desigualdade colonial. O movimento feminista foi racista no sentido de não atender as singularidades de outros tipos de mulheres, tornando sua luta generalizada. As mulheres negras por serem vistas de maneira diferente das brancas, mereciam também reinvidicações diferentes. É este tipo de racismo, entre as mulheres feministas que deve ser pensado. Olhar com atenção às singularidades de outros grupos de mulheres, lutando por direitos realmente justos para todas. A mulher negra tem um passado de exclusão na sociedade, já foi escrava, mucama, prostituta. Tais condicionamentos, arraigados pelos parâmetros eurocêntricos de civilização, inseridos em nosso subconsciente, há tanto tempo atrás, num passado que para nós parece remoto morto e enterrado, precisam ser trazidos à tona, levados à reflexão e finalmente enterrados.<br />Fonte: SOARES, Vera; O verso e o reverso da construção da cidadania feminina, branca e negra, no Brasil.</div>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-15868095620852504792008-10-16T22:04:00.000-07:002008-10-16T22:09:15.508-07:00MAPA MUNDI DA IDADE PENALPRECISMOS DEBATER SOBRE ESSA QUESTÃO NOS ESPAÇO DO PENSAR SOBRE EDUCAÇÃO. O QUE VC ACHA? <a href="http://2.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SPgdomEhiNI/AAAAAAAAAAM/XPk-tKwJhYw/s1600-h/mapa+mundi+de+maioridade+penal.BMP"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5257985148206549202" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_kPYHLI8NkwM/SPgdomEhiNI/AAAAAAAAAAM/XPk-tKwJhYw/s320/mapa+mundi+de+maioridade+penal.BMP" border="0" /></a><br /><div></div>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-78705571131582555832008-10-16T22:01:00.000-07:002008-10-16T22:03:23.062-07:00diversidade religiosa e direitos humanos<div align="justify"><br /><em>“<span style="font-size:85%;">Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de suapele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender;e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”(Nelson Mandela)</span></em></div><div align="justify"><br />O Estado Brasileiro é laico. Isso significa que ele não deve ter, e não tem religião. Tem, sim, o dever de garantir a liberdade religiosa. Diz o artigo 5o, inciso VI, da Constituição: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual somos signatários. A pluralidade, construída por várias raças, culturas, religiões, permite que todos sejam iguais, cada um com suas diferenças. É o que faz do Brasil, Brasil. Certamente, deveríamos, pela diversidade de nossa origem, pela convivência entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo. No Brasil de hoje, a intolerância religiosa não produz guerras, nem matanças. Entretanto, muitas vezes, o preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é “diferente”. Outras vezes o preconceito se manifesta pela violência. No momento em que alguém é humilhado, discriminado, agredido devido à sua cor ou à sua crença, ele tem seus direitos constitucionais, seus direitos humanos violados; este alguém é vítima de um crime – e o Código Penal Brasileiro prevê punição para os criminosos.Invadir terreiros de umbanda e candomblé, que, além de locais sagrados de culto, são também guardiães da memória de povos arrancados da África e escravizados no Brasil; desrespeitar a espiritualidade dos povos indígenas, ou tentar impor a eles a visão de que sua religião é falsa; agredir os ciganos devido à sua etnia ou crença, mesmo motivo que os levou ao quase extermínio na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial: tudo isto é intolerância, é discriminação contra religiões. É o contrário do que pretende o Programa Nacional dos Direitos Humanos. O Programa Nacional dos Direitos Humanos pretende incentivar o diálogo entre os movimentos religiosos, para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista, com base no reconhecimento e no respeito às diferenças<br />Ministro Nilmário Miranda (Secretaria Especial dos Direitos Humanos)</div>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6692163857281413738.post-51647086367062366002008-10-16T21:56:00.000-07:002008-10-16T22:00:00.228-07:00A IMPORTÃNCIA DO NEGRO PARA A HUMANIDADE<div align="justify">Essa é a história de um garoto chamado Theo que acordou um dia e perguntou a sua mãe: "Mãe, o que aconteceria se não existissem pessoas negras no mundo?" Sua mãe pensou por um momento e então falou: "Filho, siga-me hoje e vamos ver como seria se não houvesse pessoas negras no mundo".<br />E, então, disse: "Agora vá se vestir e nós começaremos". Theo correu para seu quarto e colocou suas roupas e sapatos. Sua mãe deu uma olhada nele e disse: "Theo, onde estão seus sapatos? E suas roupas estão amassadas, filho preciso passá-las”. Mas quando ela procurou pela tábua de passar, ela não estava mais lá. Veja, Sarah Boone, uma mulher negra, inventou a tábua de passar roupa. E Jan E. Matzelinger, um homem negro, inventou a máquina de colocar solas nos sapatos. "Então... - ela falou - Por favor, vá e faça algo em seu cabelo." Theo decidiu apenas escovar seu cabelo, mas a escova havia desaparecido. Veja Lydia O. Newman, uma mulher negra, inventou a escova. Ora, essa foi uma visão... Nada de sapatos, roupas amassadas, cabelos desarrumados. Mesmo o cabelo da mãe, sem as invenções para cuidar do cabelo feitas por Madame C. J. Walker... Bem, vocês podem vislumbrar. . A mãe disse a Theo: "Vamos fazer nossos trabalhos domésticos e, então, iremos ao mercado". A tarefa de Theo era varrer o chão. Ele varreu, varreu e varreu. Quando ele procurou pela pá de lixo, ela não estava lá. Lloyde P. Ray, um homem negro, inventou a pá de lixo. Ele decidiu, então, esfregar o chão, mas o esfregão tinha desaparecido. Thomas W. Stewart, um homem negro, inventou o esfregão. Theo gritou para sua mãe: "Não estou tendo nenhuma sorte!" Ela responde: "Bem, filho, deixe-me terminar de lavar estas roupas e prepararemos a lista do mercado". Quando a lavagem estava finalizada, ela foi colocar as roupas na secadora, mas ela não estava lá. Acontece que George T. Samon, um homem negro, inventou a secadora de roupas.<br />A mãe pediu a Theo que pegasse papel e lápis para fazerem a lista do mercado. Theo correu para buscá-los, mas percebeu que a ponta do lápis estava quebrada. Bem... ele estava sem sorte, porque John Love, um homem negro, inventou o apontador de lápis. A mãe procurou por uma caneta, mas ela não estava lá, porque William Purvis, um homem negro, inventou a caneta-tinteiro. Além disso, Lee Burridge inventou a máquina de datilografia e W. A. Lovette, a prensa de impressão avançada. Theo e sua mãe decidiram, então, ir direto para o mercado.<br />Ao abrir a porta, Theo percebeu que a grama estava muito alta. De fato, a máquina de cortar grama foi inventada por um homem negro, John Burr. Eles se dirigiram para o carro, mas notaram que ele simplesmente não sairia do lugar. Isso porque Richard Spikes, um homem negro, inventou a mudança automática de marchas e Joseph Gammel inventou o sistema de super carga para os motores de combustão interna. Eles perceberam que os poucos carros que estavam circulando, batiam uns contra os outros, pois não havia sinais de trânsito. Garret A. Morgan, um homem negro, foi o inventor do semáforo.<br />Estava ficando tarde e eles, então, caminharam para o mercado, pegaram suas compras e voltaram para casa. Quando eles iriam guardar o leite, os ovos e a manteiga, eles notaram que a geladeira havia desaparecido. É que John Standard, um homem negro, inventou a geladeira. Colocaram, assim, as compras sobre o balcão.<br /> A essa hora Theo começou a sentir bastante frio. Sua mãe foi ligar o aquecimento. Acontece que Alice Parker, uma mulher negra, inventou a fornalha de aquecimento. Mesmo no verão eles não teriam sorte, pois Frederick Jones, um homem negro, inventou o ar condicionado.<br />Já era quase a hora em que o pai de Theo costumava chegar em casa. Ele normalmente voltava de ônibus. Não havia, porém, nenhum ônibus, pois seu precursor, o bonde elétrico, foi inventado por outro homem negro, Elbert R. Robinson. Ele usualmente pegava o elevador para descer de seu escritório, no vigésimo andar do prédio, mas não havia nenhum elevador, porque um homem negro, Alexander Miles, foi o inventor do elevador. Ele costumava deixar a correspondência do escritório em uma caixa de correio próxima ao seu trabalho, mas ela não estava mais lá, uma vez que foi Philip Downing, um homem negro, o inventor da caixa de correio para a colocação de cartas e William Berry inventou a máquina de carimbo e de cancelamento postal.<br />Theo e sua mãe sentaram-se na mesa da cozinha com as mãos na cabeça. Quando o pai chegou, perguntou-lhes: "Por que vocês estão sentados no escuro?". A razão disso? Pois Lewis Howard Latimer, um homem negro, inventou o filamento de dentro da lâmpada elétrica. Theo havia aprendido rapidamente como seria o mundo se não existissem as pessoas negras. Isso para não mencionar o caso de que pudesse ficar doente e necessitar de sangue. Charles Drew, um cientista negro, encontrou uma forma para preservar e estocar o sangue, o que o levou a implantar o primeiro banco de sangue do mundo. E se um membro da família precisasse de uma cirurgia cardíaca? Isso não seria possível sem o Dr. Daniel Hale Williams, um médico negro, que executou a primeira cirurgia aberta de coração.<br />Então, se você um dia imaginar como Theo, onde estaríamos agora sem os Negros? Bem, é relativamente fácil de ver. Nós ainda estaríamos na “ESCURIDÃO”.</div><div align="justify"><br />FONTE: <a href="http://maralanez.spaces.live.com/blog/cns">http://maralanez.spaces.live.com/blog/cns</a></div>Maria Pretinhahttp://www.blogger.com/profile/12048383948888054354noreply@blogger.com1